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O que é a Psicoterapia?

Nós estamos em constante processo de mudança, de crescimento enquanto pessoas. Se é verdade que somos o produto das nossas vivências, também o é que podemos ser agentes ativos sobre as mesmas, ao atribuir-lhes novos significados, ao cuidar da nossa criança interior, ao aprender estratégias de autorregulação emocional. São muitas as formas através das quais podemos sentir-nos donos do leme das nossas vidas e definir o caminho que queremos seguir.

A Psicoterapia é um processo que possibilita que as minhas vivências não me definam, que me ajuda a desenvolver ferramentas para cuidar de mim, a mudar a relação com a minha narrativa de vida, a definir o que pretendo para mim. É uma metamorfose.   

Um pouco sobre mim

Desde cedo que me recordo de querer seguir esta área. As pessoas, a forma como se relacionam com elas próprias, com os outros e com o mundo, sempre me fascinou. Poder dedicar a minha vida profissional a ser, de alguma forma, facilitadora desses processos, tem sido de uma concretização imensa e cada dia revejo-me mais nesta escolha.

Sempre trabalhei muito com questões relacionais, ansiedade e trauma. E em todos os casos, as experiências de vinculação, a relação com os pais, a autoestima que foram desenvolvendo, iam estando presentes de uma forma ou de outra. O meu interesse pelas áreas da Parentalidade foi começando a surgir assim.

Quando engravidei, esse interesse foi-se transformando cada vez mais numa paixão, que me levou a querer especializar-me mais estas áreas.

Estas ferramentas têm-me sido muito úteis, não só no trabalho com pais e futuros pais, como também no trabalho com adultos, que trazem dentro de si estas feridas, condicionantes da forma como vivem o presente. Têm ainda sido promotoras de grandes transformações em mim enquanto pessoa, mulher, esposa, mãe, amiga, em todos os campos que envolvam relação.

A construção deste site nesta altura específica prende-se muito com isso, e com o desejo de partilhar consigo conhecimentos, experiências, opiniões. Seja bem-vindo(a) às Meta-Morfoses! Porque a vida é mesmo assim, feita de mudança e crescimento. A vida é relação.

Autoestima

Cada vez mais se fala sobre autoestima. Seria de esperar que, sendo um tema tão presente, estivéssemos mais despertos para a importância da mesma, que agíssemos mais no sentido de a promover em nós e nas nossas crianças. Mas a verdade é que são cada vez mais os casos em que o amor próprio parece não estar presente. Talvez em parte porque vivemos numa sociedade em que cada vez mais atribuímos valor ao fazer em vez do ser. Potenciamos o desenvolvimento da autoconfiança e descuidamos a autoestima. Se pensarmos que a autoestima engloba tudo aquilo que sabemos sobre nós e a forma como nos relacionamos com isso, facilmente percebemos que quanto melhor for essa relação connosco, mais saudável e estável será a nossa autoestima.

Comparativamente, a autoconfiança apenas se aplica a determinadas áreas. Ela está relacionada com a minha capacidade, habilidade e/ou bom desempenho em determinadas tarefas. Não me acompanha, não é estável nem transversal. E mesmo num dado campo, por exemplo uma atividade desportiva em que eu seja muito boa, o que acha que acontece num dia em que joguei mal? Se a autoestima não estiver lá, não será a autoconfiança que me salva de colocar-me em causa, de sentir que se calhar já não tenho valor, que afinal já não sou boa o suficiente.

Existem práticas que potenciam o desenvolvimento da autoestima nas nossas crianças que, a meu ver, se aplicadas na forma como eu me relaciono comigo e com os outros, adultos ou crianças, pode ter um efeito, não só promotor, como também reparador de experiências que a comprometeram. São elas o amor incondicional, a aceitação, a presença consciente, o reconhecimento e a confiança na criança.

Maternidade

Há quem diga que quando nasce um bebé, nasce uma mãe. Na forma como interpreto esta fase da vida, esta mãe nasce muito antes do momento em que dá à luz, ela surge enquanto este bebé é pensado, sonhado, planeado, e vai ganhando cada vez mais espaço durante a gravidez. Nesta altura, muitas vezes surgem dúvidas e medos que entram sem nos pedir licença. Alguns demoram-se mais, outros vão e vêm, outros são mais breves. A verdade é que nesta matéria, tal como em muitas outras na vida, considero que informação é poder. E que essa informação pode fazer toda a diferença na forma como vivo esta fase, nas decisões que tomo, em como me preparo para a chegada do meu bebé, como me fortaleço nas minhas intenções, bem como na mãe em que me vou tornando. 

Torna também mais fácil de gerir a quantidade de opiniões – muitas vezes não solicitadas, apesar de maioritariamente bem-intencionadas – pois ao confiar nas minhas escolhas, ao estar alinhada comigo, em aceitação, torna-se mais fácil não me sentir posta em causa, perdida, confusa.

Trabalhava estes temas de uma forma mais informal, em que apesar de não ser a questão principal para a procura das sessões, os temas surgiam nos objetivos terapêuticos e ocupavam lugar de destaque. Por esse motivo, e pela paixão que tenho pelo tema da maternidade e empoderamento da mulher, fui sentindo cada vez mais a vontade de ter uma abordagem mais estruturada e direcionada a estas áreas. Questões como autocuidado, integração e conciliação do papel de mãe, vinculação segura, amamentação, introdução alimentar, como praticar uma Parentalidade Consciente, são alguns dos principais temas que tenho tido o prazer de trabalhar com as mães e futuras mães que me procuram.

A maternidade é talvez a maior, mais fantástica e transformadora crise existencial da vida de uma mulher. Um carrossel de medo e entusiasmo que em muito se suaviza quando é partilhado.

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